sexta-feira, setembro 15, 2006E a gente insite em se achar melhor“O voto dos pobres se distancia do voto da classe média em intensidade inédita. Esse divórcio facilita a exploração e a manipulação eleitoral” Julia Duailibi ou o seu editor, já que este é o subtítulo de sua matéira “Dividir para governar” publicada na Veja de 06/09/06. *** "Se o eleitor pobre tiver de escolher entre o arroz mais barato e a lisura do governo, pode ter certeza de que ele vai ficar com o arroz mais barato", afirma o cientista político Rubens Figueiredo, diretor do Cepac, instituto especializado em marketing político e análise de opinião pública. Na mesma matéria da Veja “Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?” São Tiago 2, 15-16 *** Conversa em sala de aula – Pós graduação: Aluno: É um absurdo a desvalorização da classe jornalista. Salários baixíssimos, um operário braçal, uma empregada doméstica ganha por hora praticamente o que nós ganhamos. Professor: Que bom! Sinal que os trabalhadores das classes mais baixas tiveram um aumento de renda. Eu: A gente estuda pra ter opção. Eu tenho a opção de ser publicitária e um dia posso até ter a opção de em vez de limpar minha casa, pagar uma pessoa que a limpe. Mas não existe trabalho mais digno de salário que outro. Se é bem feito, com dedicação, e qualificação, teoricamente não tem porque eu ganhar mais do que um operário. Se meu chuveiro estragar e alguém me exigir o mesmo valor da minha hora trabalho pra consertar, eu pago, porque nem em um dia eu conseguiria fazer igual, e prezo pelo banho quente. *** Volta e meia a classe média bate de frente com a classe baixa. Seria cômico se não fosse trágico. E agora o medo é “não impediremos a reeleição do Lula”. Nós, os líderes de opinião que sabemos como é grave a corrupção, como é grave a improbidade administrativa, e principalmente, sabemos o quanto é grave ser paternalista, não impediremos que um governante com um dedo a menos se reeleja. Não conseguimos mais fazer com que quem tem um cartão do fome zero vote no Alckmin... Eles preferem as batatas de Quincas Borba aos nossos jingles e charges contra o governo Lula!!! Mas cada povo tem o governo que merece. Que dêem as batatas subsidiadas a seus filhos enquanto os nossos comem mclanche feliz e contribuem com as crianças com câncer (algum atenuante temos que ter, né?) Kathia 1:50 PMVOCAÇÃOSerá uma vocação nossa, ser medíocre? Pela origem do termo clase média, estar ali com o meio, o mediado, o morno, o em cima do muro, o nem tão bom, nem tão ruim... Medíocre [Do lat. mediocre.] Adjetivo de dois gêneros. 1.V. mediano (3). 2.Sem relevo; comum, ordinário, vulgar, mediano, meão: Aurélio Adesivo em carro sedan, semi-novo: Uma mão com 4 dedos desenhada dentro de um círculo vermelho com uma tarja vermelha transversal. Fora do círculo a palavra FORA. Por hoje faltar 15 dias para as eleições eu sei que não se trata de um adesivo neonazista. Não é um “fora deficientes físicos” nem um “fora operário que tem o dedo cortado num acidente de trabalho”... Será? Quantas formas de se dizer Fora Lula existem? Já vi Fora Lulla, com 2 LL, remetem ao nosso querido Collor. Fora corruPTos, denunciando os lamentáveis mensalões, propinas, dólares nas cuecas, etc. Já vi o simples e objetivo FORA LULA. Mas porque a classe média tem que apelar para o fato do “ex-operário que hoje preside o país ter um dedo a menos”. È isto que o desqualifica? O Gene da decência, da boa índole, da boa administração por um acaso está no dedinho da mão esquerda? No mesmo dedinho no qual alguns deixam a unha maior para tirar cera do ouvido? È, deve ser saído esta notícia na última edição da revista americana "Science". Perdoai-os Senhor, eles não sabem como fazer as coisas. Kathia 1:45 PM |